sexta-feira, 13 de abril de 2012

Afetividade Na Relação Professor/aluno

Sabemos que cada ser particular relaciona-se com outro num processo de desenvolvimento singular, delineado nas relações sociais. Organizamos nosso comportamento frente às situações com as quais nos deparamos no nosso dia-a-dia, cujo processo realiza-se com base na natureza biológica e cultural que caracteriza o comportamento humano, constituindo assim, a história do sujeito.
Sabemos também que a atitude do professor, a forma como ele interage com a classe, como direciona o seu fazer pedagógico está relacionado às suas concepções de homem e de mundo, sejam elas conscientes ou inconscientes.
Precisamos encarar os conflitos como possibilidade de reflexão, permitindo ao aluno a análise das situações e aprofundamento das questões que impulsionam determinadas atitudes. Juntos, professor e alunos têm a tarefa de, neste espaço de convivência que é a sala de aula, buscar as melhores alternativas de ação.
É relevante destacar essa fala para elucidarmos a visão construída por muitos professores de que quando falamos de afetividade estamos nos referindo apenas às manifestações de carinho. E o desconhecimento teórico desses conceitos dificulta a compreensão das relações de reciprocidade e oposição entre afetividade e cognição, e o poder das emoções, sejam elas perturbadoras ou ativadoras, influindo de forma estimuladora ou desagregadora na aprendizagem. Educar é ensinar a olhar para fora e para dentro, superando o divórcio, típico da nossa sociedade, entre objetividade e subjetividade.

O processo de interação humana, segundo é “o fator que mais influi no rumo das atividades e nos seus resultados”. Em decorrência de esse fato não ter sido, ainda, devidamente reconhecido e avaliado, sucedem-se surpresas, frustrações, eventos inesperados que trazem desconforto, perplexidade e insegurança aos dirigentes. Mesmo as situações bem planejadas podem fugir ao seu controle e configurar-se, na prática, de forma bem diferente do esperado.
Assim como o poder,  a afetividade com característica pessoal inerente a todas as pessoas e presente em qualquer relação interpessoal. É o tipo de afetividade existente num relacionamento que define a natureza da relação: se é amistosa e de simpatias recíprocas, ou se é de antipatia e de antagonismo.
Para ela, é óbvio que um relacionamento de simpatia e atração facilita o trabalho, e que quando há antipatia e repulsa o trabalho tende a ficar prejudicado.
No processo de ensino e aprendizagem, a relação professor-aluno envolve uma interação humana dinâmica, de troca contínua, na qual as forças do poder e da afetividade são características constantes e de repercussão fundamental para o êxito ou total fracasso do aluno e também do professor.
A verdade e autenticidade são condições necessárias para o estabelecimento de relações humanas afetivas capazes de promover criatividade, qualidade e produtividade no processo de educação.
A importância da relação entre professor e aluno não esta no valor dos conteúdos cognitivos que transitam entre as pessoas, mas concentrada, sobretudo, nas relações afetivas estabelecidas  no campo que estabelece as condições para “o aprender”, sejam quais forem os conteúdos.
A necessidade de aproveitar o potencial afetivo e emocional das pessoas desponta como garantia de competitividade. Por isso, parece oportuno o interesse em investigar temas como afetividade, poder e relacionamento interpessoal, na medida em que suas correlações buscam respostas para as dificuldades observadas nos dias atuais, vivenciadas pelo homem contemporâneo, no sentido de dissolver progressivamente as antigas formas orgânicas de convivência humana direta e quebrar barreiras e paradigmas, a fim de tornar o homem “mais afeto e emoção”.


Escrito por: Abrew Amambahy
(Pedagoga e Psicopedagoga inovando e aprendendo com as trocas de experiencias.)


Os princípios de um educador de sucesso



"O educador deve estar sempre voltado para a questão emocional do ser em relação à questão emocional do seu alunado, visto que de nada adianta adquirir conhecimento e quando se deparar com o mundo lá fora ser um indivíduo agressivo e desumano.
Considerado como transmissor de conhecimento, o educador também deve se preparar para o exercício da cidadania.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) é esclarecido a importância do ensino e da aprendizagem dos valores na educação escolar.
A formação de valores juntamente com a cidadania é a principal meta de uma escola realmente democrática e popular.
Percebe-se o quanto o educador é responsável pela formação do indivíduo, juntamente com a escola que deve desempenhar o papel de favorecer a solidariedade humana e principalmente a tolerância recíproca. Essa tolerância recíproca refere-se às diferenças humanas no jeito de ser, de falar de cada educando.

Não se pode deixar de lado a família, pois ela é considerada como principal aliada no processo ensino-aprendizagem, contribuindo até mesmo para contornar certas situações na sala de aula.
O educador deve participar de forma ativa da proposta pedagógica da instituição de ensino, bem como do processo de elaboração de tal proposta.
A pedagogia do futuro é aquela que o educador tem participação ativa nas decisões da escola, tanto na questão administrativa quanto pedagógica."
Por Elen Cristine

Conheça melhor o Projeto Professor Diretor de Turma

Conhecer melhor cada aluno, ter informações sobre sua história de vida, seus interesses, atitudes, valores e perspectivas de futuro, são algumas funções do Professor Diretor de Turma. No Projeto, cada turma fica aos cuidados de um professor que exerce a atividade de Diretor de Turma. De maneira sintética, a proposta é de acompanhamento a cada turma, por um professor, que, independente da disciplina que ministre, tenha visão do desenvolvimento de conjunto, e de cada um dos indivíduos daquela sala de aula. A iniciativa tem como objetivo principal minimizar o abandono escolar, motivar os alunos, melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem. Por consequência, o Projeto Professor Diretor de Turma caracteriza-se, fundamentalmente, por um conhecimento aprofundado e sistematizado do aluno. Na mediação que se realiza entre os professores Diretores de Turma e os demais professores de cada turma, respectivamente, promove-se o desenvolvimento de um trabalho cooperativo, que, em contrapartida, oportuniza a todos os professores conhecer as problemáticas que fazem parte do cotidiano de cada aluno, implicando diretamente no seu desempenho escolar. A experiência vem demonstrando que, onde o Projeto Professor Diretor de Turma foi implantado, houve um elo entre a escola, os professores e a família.”
                   
                           Fonte: Plano de Atividades /Equipe de Coordenação Geral do PPDT -SEDUC/Sede(2012)